Israel começa a libertar quase 2 mil prisioneiros palestinos como parte do acordo de cessar-fogo em Gaza
Prisioneiros palestinos são libertados por Israel
Israel começou a libertar nesta segunda-feira (13) parte dos quase 2 mil prisioneiros palestinos que estavam detidos em seu território. A libertação faz parte do acordo de cessar-fogo assinado entre o país e o grupo terrorista Hamas na última semana.
Dezenas de ônibus com os prisioneiros chegaram à Faixa de Gaza e a Beitunia, na Cisjordânia, nesta segunda. Alguns deles estavam com a cabeça raspada e aparentando estar muito magros, segundo a agência de notícias Reuters.
Na Faixa de Gaza, cerca de uma dúzia de homens armados, mascarados e vestidos de preto, aparentemente membros do braço armado do Hamas, chegaram ao Hospital Nasser, onde um palco e cadeiras haviam sido montados para receber os prisioneiros palestinos.
“Espero que essas imagens possam marcar o fim desta guerra. Perdemos amigos e parentes, perdemos nossas casas e nossa cidade”, disse Emad Abu Joudat, de Gaza, à Reuters.
Entre os prisioneiros, há cerca de 250 pessoas que estavam cumprindo penas de prisão perpétua por crimes cometidos contra o Estado de Israel e seus moradores.
Ainda nesta segunda, o Hamas libertou os últimos 20 reféns com vida que estavam sob seu poder na Faixa de Gaza. Israel diz que ainda há outros 28 reféns mortos, mas dois deles ainda têm a situação oficialmente desconhecida.
O grupo terrorista pediu mais tempo para devolver os corpos dos reféns mortos. O paradeiro de alguns dos restos mortais também é desconhecido.
No total, o Hamas sequestrou 251 pessoas no ataque terrorista de 7 de outubro de 2023. Na ocasião, cerca de 1.200 pessoas foram assassinadas. Outros reféns foram libertados ao longo de outros acordos de cessar-fogo.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva militar que matou mais de 67 mil pessoas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
O plano prevê também o fim dos bombardeios na Faixa de Gaza e o recuo das tropas israelenses. Apesar do início do cessar-fogo, vários detalhes do plano de paz ainda não foram divulgados.
A StandWithUs Brasil elaborou um documento com mais de 80 páginas com informações detalhadas sobre os palestinos que serão libertados. Para o presidente-executivo da StandWithUs Brasil, André Lajst, os criminosos são vinculados a atentados terroristas e outros crimes violentos, um tema muito sensível na sociedade israelense.
“Mas essa troca dos reféns pelos presos palestinos, sem dúvida, inicia um novo capítulo na cura de um país em trauma há dois anos. Diferentemente do que está sendo publicado, não é um acordo de paz. É um acordo de cessar-fogo, já que lideranças do Hamas disseram que não vão se desarmar.”
Reportagem em atualização.
Forças de segurança palestinas fazem a guarda enquanto famílias esperam, em um ônibus, prisioneiros palestinos libertados de uma cadeia israelense como parte do acordo de cessar-fogo em Gaza entre Hamas e Israel
Mussa Qawasma/Reuters