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Libertação de reféns, retirada das tropas de Israel em Gaza: entenda os termos do plano de paz de Trump

Trump anuncia que Israel e Hamas assinaram acordo para libertação de reféns
Israel e o grupo terrorista Hamas assinaram o acordo de paz proposto pelos Estados Unidos nesta quarta-feira (8). A informação foi divulgada pelo presidente Donald Trump em uma rede social e confirmada por mediadores do cessar-fogo e imediatamente confirmada pelo Catar.
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Trump afirmou que Israel e Hamas concordaram com os termos da primeira fase do plano de paz.
Segundo Trump, a assinatura do acordo representa os primeiros passos em direção a uma paz duradoura.
“Todas as partes serão tratadas com justiça! Este é um GRANDE dia para o mundo árabe e muçulmano, para Israel, para todas as nações vizinhas e para os Estados Unidos da América. Agradecemos aos mediadores do Catar, Egito e Turquia, que trabalharam conosco para que este evento histórico e sem precedentes acontecesse. ABENÇOADOS OS PACIFICADORES!”, publicou.
A proposta tem 20 pontos e prevê a Faixa de Gaza como uma zona livre de grupos armados. Duas delas foram citadas por Trump em seu anúncio:
Libertação de todos os reféns mantidos pelo Hamas
A guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza começou em 7 de outubro de 2023, após o ataque terrorista do grupo palestino em território israelense deixar mais de 1.200 mortos e cerca de 250 serem levados como reféns.
Parte destes foi liberada em dois acordos de cessar-fogo anteriores, o último deles no início de 2025. Atualmente, estima-se que 48 reféns permanecem no território palestino em poder do Hamas, mas apenas cerca de 20 estariam vivos.
Segundo Trump, “todos os reféns serão libertados muito em breve” — não há, porém, uma data prevista divulgada para que isso aconteça. A proposta original apresentada pelos EUA fala na implementação em 72 horas após a assinatura.
Retirada das tropas de Israel
O presidente dos EUA disse em seu anúncio que, em troca da devolução de reféns, “Israel retirará suas tropas para uma linha acordada”.
Também não foi divulgado o prazo para o recuo dos militares, nem onde essa linha foi traçada. É possível que o Exército israelense permaneça dentro dos limites do território palestino durante a primeira fase do plano.
Israel realizou bombardeios em Gaza, em retaliação ao Hamas, no mesmo dia em que os ataques foram realizados. A incursão terrestre, por sua vez, teve início em 25 de outubro de 2023, com incursões de reconhecimento, e uma presença efetiva dos militares a partir de 27 de outubro.
Israel avançou a princípio no norte do território, alcançando a cidade de Gaza em novembro. No início de 2024, os militares consolidaram a presença no sul, em Khan Younis e, em seguida, em Rafah.
Em dois anos de ações militares, o conflito gerou uma grave crise humanitária entre os palestinos e situação de fome generalizada e deixou mais de 67 mil mortos e quase 170 mil feridos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas —essa contagem é chancelada pela ONU. A guerra também causou diversos deslocamentos forçados de palestinos, algo que é considerado crime de guerra à luz do direito internacional.
Palestinos inspecionam os danos em um bairro residencial, após uma operação israelense na área, na Cidade de Gaza.
Ebrahim Hajjaj/Reuters
Outros pontos do plano
Segundo a proposta, Gaza será transformada em uma zona “desradicalizada”, livre de grupos armados. O território passará por reconstrução com apoio de um comitê palestino tecnocrático e de especialistas internacionais.
O grupo proposto pelos Estados Unidos atuará sob supervisão de um novo órgão internacional, o chamado “Conselho da Paz”, que será presidido por Trump. O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair também deve integrar a estrutura. Não está claro se Israel participará do conselho.
Veja o que a proposta americana prevê para Gaza:
▶️ Fim imediato da guerra e troca de reféns e prisioneiros
Israel libertaria prisioneiros, enquanto o Hamas devolveria todos os reféns em 72 horas.
A troca incluiria também restos mortais de ambas as partes.
▶️ Ajuda humanitária e reconstrução de Gaza
Entrada imediata de alimentos, água, energia, hospitais e infraestrutura.
Equipamentos para limpar escombros e reabrir estradas seriam autorizados.
Distribuição feita pela ONU, Crescente Vermelho e outras entidades neutras.
▶️ Nova governança em Gaza
Um comitê palestino tecnocrático e apolítico assumiria a gestão local.
Esse órgão seria supervisionado pelo “Conselho da Paz”, presidido por Trump.
Não está claro se Israel participará do conselho internacional.
O objetivo é preparar o retorno da Autoridade Palestina após reformas.
▶️ Desmilitarização e anistia ao Hamas
Toda infraestrutura militar e de túneis seria destruída sob monitoramento internacional.
Integrantes do Hamas poderiam entregar armas e receber anistia.
Quem desejasse sair teria passagem segura para outros países.
▶️ Segurança internacional e futuro político
Uma Força Internacional de Estabilização treinaria a polícia palestina.
Israel se retiraria gradualmente do território, mantendo apenas um perímetro de segurança temporário.
O plano prevê caminho para autodeterminação palestina e coexistência pacífica.

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