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Dois anos depois do ataque do Hamas a Israel, quão perto a guerra em Gaza está de acabar?

Israel e Hamas começam a negociar implementação do plano de paz de Trump
A guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas completa dois anos nesta terça-feira (7), em meio a negociações sobre um possível cessar-fogo. Em discussão está um plano apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que pode levar a um fim definitivo do conflito.
No dia 7 de outubro de 2023, o Hamas lançou um ataque coordenado contra Israel, matando mais de 1.200 pessoas e sequestrando outras 251.
Em resposta, os militares israelenses iniciaram uma ampla operação para eliminar o grupo.
A guerra resultou em destruição generalizada na Faixa de Gaza, com cidades reduzidas a escombros e a população enfrentando uma crise humanitária.
Segundo o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas, mais de 60 mil palestinos morreram desde o início do conflito.
No fim de semana, manifestantes realizaram protestos pró-Palestina e pelo fim da guerra em diversas cidades da Europa, como Amsterdã, Madri e Roma.
Nesta terça-feira, uma série de atos em Israel deve lembrar os ataques terroristas de 7 de outubro. Um deles será realizado em Re’im, no local onde acontecia o festival de música “Nova” — onde 360 pessoas foram mortas e dezenas feitas reféns. Relembre a ação no vídeo abaixo.
Vídeos mostram sequência da invasão do Hamas na rave Universo Paralello
▶️ Mas, afinal, a guerra está perto de acabar?
Ainda é cedo para responder a essa pergunta. Parte da comunidade internacional veem na proposta apresentada por Trump um sinal de esperança para, ao menos, um cessar-fogo no curto prazo. Mas ainda há obstáculos.
A resposta do Hamas ao plano, apesar de positiva, deixou várias questões em aberto.
O grupo terrorista não deixou clara sua posição sobre o desarmamento, um dos principais pontos do plano e objetivo declarado de Israel na guerra.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aprovou a proposta, mas rejeita a criação de um Estado palestino — algo para o qual o plano dos EUA abre caminho, ainda que de forma condicionada.
Outros impasses envolvem o cronograma de retirada das tropas israelenses de Gaza e a definição de um novo governo para o território.
Segundo a Reuters, especialistas enxergam as negociações como o início de um processo para o cessar-fogo, e não o fim.
Vale lembrar que o plano em discussão foi apresentado após outras tentativas de cessar-fogo: uma no início da guerra, em 2023, e outra no começo deste ano. Ambas duraram poucas semanas e não conseguiram trazer estabilidade ao Oriente Médio.
Na segunda-feira (6), delegações de Israel e do Hamas participaram do primeiro dia de negociações no Egito sobre o plano de Trump. As conversas tiveram mediação dos anfitriões, além de Estados Unidos e Catar. Uma nova rodada está marcada para esta terça-feira.
Apesar de Trump ter pedido para que Israel interrompesse os ataques durante as negociações, bombardeios ainda foram registrados no fim de semana. A imprensa israelense informou que os militares foram orientados a reduzir a ofensiva.
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O que buscam Israel e Hamas
Hamas afirmou que 5 mil foguetes foram lançados da Faixa de Gaza
REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
Os dois lados tentam mostrar disposição para cooperar nas negociações de um cessar-fogo, mas têm seus próprios interesses.
Para Netanyahu, apoiar o plano proposto recentemente por Trump pode ser uma forma de manter boas relações com os Estados Unidos. Ao mesmo tempo, ele tenta mostrar que não cedeu demais para não perder apoio político interno.
Aliados da coalizão de direita que compõe o governo israelense são contrários a qualquer acordo com o Hamas e rejeitam a criação do Estado da Palestina.
Já o Hamas disse que concorda em libertar todos os reféns, além de devolver os corpos das vítimas sequestradas que morreram. O grupo também afirmou que aceita entregar o governo de Gaza a um órgão independente, mas ressaltou que alguns pontos ainda precisam ser negociados.
Segundo a Reuters, ao aceitar libertar reféns, mas deixar outras questões em aberto, o Hamas tenta transferir o foco para outros atores — como mediadores árabes e países que pressionam Israel e EUA pelo fim do conflito.
Israel afirma que 48 reféns continuam sob poder do Hamas, dos quais 20 estão vivos.
A proposta em discussão
O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, se encontra com Donald Trump na Casa Branca
REUTERS/Jonathan Ernst
A Casa Branca apresentou um plano com 20 pontos para encerrar a guerra na Faixa de Gaza imediatamente.
A proposta prevê o território como uma zona livre de grupos armados. Integrantes do Hamas podem receber anistia, desde que entreguem suas armas e se comprometam com a convivência pacífica.
Se o plano for implementado, Gaza passaria a ser governada por um comitê formado por palestinos tecnocratas e especialistas internacionais.
O grupo atuaria sob supervisão de um novo órgão chamado “Conselho da Paz”, que seria presidido por Trump. Não está claro se Israel participaria do órgão.
Segundo a Casa Branca, o Hamas tem 72 horas para libertar todos os reféns mantidos desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023.
A proposta também prevê que Israel libere quase 2 mil prisioneiros palestinos. Além disso, a ONU e o Crescente Vermelho seriam responsáveis pela distribuição de ajuda na Faixa de Gaza.
O plano é vago sobre a criação do Estado da Palestina, mas indica um caminho que pode levar a esse reconhecimento no futuro.
Membros da comunidade internacional receberam a proposta de forma positiva. Por outro lado, moradores de Gaza disseram estar sem esperanças e temem uma piora no conflito.
Trump afirmou que, se o Hamas não aceitar o acordo, o grupo enfrentará um “inferno total”. Ele disse ainda que apoiará Israel em ações militares para eliminar o grupo de forma definitiva. Na mesma linha, Netanyahu afirmou que avançará na ofensiva em Gaza caso o acordo não seja fechado.
Palestinos olham para fumaça ao longe de ataque de Israel na Faixa de Gaza em 5 de outubro de 2025.
REUTERS/Mahmoud Issa
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