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Escolas dos EUA restringem ou proíbem Halloween por motivos religiosos, culturais e educacionais

Celebrações de Halloween nas escolas americanas vêm sendo motivo de debate
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Distritos e instituições de ensino dos Estados Unidos têm cancelado ou limitado as comemorações de Halloween — uma das tradições mais populares do país, celebrada em 31 de outubro — pelas seguintes razões:
Motivações religiosas: famílias cristãs, como Testemunhas de Jeová, e seguidoras de outras crenças consideram a data incompatível com seus valores, por associá-la a rituais pagãos ou referências ao sobrenatural.
Questões pedagógicas: diretores afirmam que as festividades prejudicam a rotina de estudos e podem gerar constrangimento entre alunos que não têm fantasias ou condições financeiras para comprá-las.
Preocupações culturais e de inclusão: parte das redes busca evitar celebrações que não representem toda a comunidade escolar, priorizando eventos mais neutros.
O distrito escolar de Brookline, em Massachusetts, por exemplo, substituiu as festas de Halloween por eventos “de outono”, para evitar que crianças que não comemoram a data — por motivos religiosos ou familiares — sintam-se excluídas.
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Ritual satânico?
Entre as razões religiosas, há comunidades cristãs que consideram o Halloween uma data com conotações pagãs ou satânicas.
Em 2022, por exemplo, uma escola de ensino fundamental em Connecticut suspendeu o desfile de fantasias após pais expressarem desconforto. “Recebemos comentários de famílias que não se sentem à vontade com a natureza espiritual da comemoração”, afirmou o superintendente do distrito de Glastonbury, Alan Bookman, ao jornal Hartford Courant.
Desvio de foco e exclusão
Motivações educacionais aparecem em outras decisões. Em Nova Jersey, a South Orange-Maplewood School District cancelou o tradicional desfile de fantasias de 2021 argumentando que a data desviava o foco do aprendizado e gerava ansiedade entre alunos de baixa renda, que não podiam comprar fantasias.
“Reconhecemos que o Halloween pode ser divertido, mas também percebemos que pode causar desconforto para algumas famílias”, afirmou a superintendente Ronald Taylor em carta pública, reproduzida pela emissora NBC New York.
E a tradição?
Essas restrições têm provocado debates em comunidades escolares e nas redes sociais. Críticos dizem que as medidas esvaziam tradições culturais amplamente enraizadas, enquanto defensores afirmam que a escola deve ser um espaço acolhedor para todos.
“Não se trata de eliminar o Halloween, e sim de torná-lo mais inclusivo”, declarou a educadora americana Lisa Cline ao portal USA Today.
Apesar das mudanças em alguns distritos, o Halloween continua sendo amplamente celebrado nas ruas dos Estados Unidos — com desfiles, festas, fantasias e o tradicional “trick or treat” (doce ou travessura) nas vizinhanças. O debate no âmbito escolar reflete tensões mais amplas sobre diversidade, religião e identidade cultural no país.

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