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Rússia diz estar pronta para ajudar Venezuela contra escalada de governo Trump

Porta-aviões USS Gerald Ford, navio principal do grupo de ataque USS Gerald Ford da Marinha dos Estados Unidos.
Alyssa Joy/Marinha dos Estados Unidos
A Rússia está preparada para responder aos pedidos de ajuda da Venezuela na escalada de tensões do governo Trump contra o regime Maduro, afirmou nesta sexta-feira (7) a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova.
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Zakharova, no entanto, não deu mais detalhes sobre o que a Rússia estaria preparada para fazer para ajudar a Venezuela —Maduro é um aliado de longa data do governo russo. Ao mesmo tempo, a porta-voz da chancelaria russa disse que Moscou busca evitar qualquer maior escalada de tensões na região da América Latina, que segundo ela não seria bom para ninguém.
O presidente venezuelano Nicolás Maduro solicitou apoio militar a Moscou, incluindo reparos em caças Sukhoi, de fabricação russa, atualizações em sistemas de radar e envio de sistemas de mísseis.
O pedido foi feito em resposta ao que Caracas considera uma crescente ameaça por parte de Washington, que aumentou significativamente sua presença militar no Caribe nos últimos meses.
Zakharova disse ainda que qualquer operação militar dos EUA contra a Venezuela levará apenas à escalada da situação, e não à resolução dos problemas existentes.
“Existem diferentes táticas e diferentes formas de conduzir os assuntos, mas é evidente — como dizem vários analistas, especialistas e representantes de diversas estruturas americanas — que uma agressão direta desse tipo só piorará a situação, em vez de resolver os problemas que podem perfeitamente ser solucionados por meios jurídicos e diplomáticos, dentro do campo legal”, afirmou a porta-voz.
Tensões EUA x Venezuela
Imagem mostra o presidente dos EUA, Donald Trump (E), em Washington, DC, em 9 de julho de 2025, e o presidente venezuelano, Nicolás Maduro (D), em Caracas, em 31 de julho de 2024.
AFP/Jim Watson
Os governos Trump e Maduro travam uma escalada de tensões sem precedentes desde agosto, quando o presidente americano designou cartéis de drogas latino-americanos como organizações terroristas e ordenou operações militares contra eles.
O governo Trump também acusou Maduro de chefiar o Cartel de Los Soles, dobrou a recompensa por sua captura para US$ 50 milhões e enviou dezenas de navios e aeronaves de guerra para o sul do Caribe, incluindo o maior porta-aviões do mundo —todas essas ações foram vistas por especialistas como instrumentos de pressão contra o presidente venezuelano.
Trump também chegou até a admitir ter autorizado operações secretas da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) na Venezuela e indicar que operações terrestres contra cartéis de drogas teriam início em breve. No domingo, Trump disse à TV “CBS” acreditar que os dias de Maduro na presidência “estão contados”.
O jornal americano “The Wall Street Journal” revelou na semana passada que o governo Trump está considerando bombardear alvos militares na Venezuela e já teria os mapeado. Essa ação ocorreria sob a acusação de que essas instalações estariam sendo utilizadas para o tráfico de drogas. Após a divulgação da reportagem, o presidente americano negou ter planos para ataques dentro do território venezuelano.
Segundo especialistas entrevistados pelo g1, o motivo do conflito se dá por conta do interesse dos norte-americanos em tentar derrubar Maduro, e pela vontade dos EUA de acessar as reservas de petróleo e às riquezas minerais da Venezuela.
“O que os americanos estão planejando ainda não está claro, mas, sem dúvida, estamos na iminência de um ataque de larga escala. E, se isso acontecer, será a primeira vez que os Estados Unidos atacam militarmente um país da América do Sul”, declarou Maurício Santoro, doutor em Ciência Política pelo Iuperj.
O governo dos Estados Unidos, no entanto, afirma que esses movimentos são somente ações de combate ao narcotráfico.
Diante da escalada militar dos EUA, o governo venezuelano pediu ajuda dos aliados Rússia e China, segundo o jornal americano “The Washington Post”.

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