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Leapmotor inicia vendas no Brasil com SUVs elétricos e apoio da Stellantis, dona da Fiat e Jeep

Leapmotor estreia no Brasil com o SUV grande C10
A chinesa Leapmotor chegou ao Brasil. Com o apoio da Stellantis — dona de marcas como Fiat, Jeep, Peugeot, Citröen e Ram — a empresa deu início às suas operações no mercado nacional nesta terça-feira (4), e conta com uma linha inicial de SUVs totalmente eletrificados.
Fundada em 2015 na cidade de Hangzhou, na China, a Leapmotor é uma fabricante de veículos eletrificados. Em 2023, a Stellantis se tornou acionista da empresa e, no ano seguinte, as duas companhias formaram uma joint venture global — chamada Leapmotor International BV — com o objetivo de expandir a marca para além do mercado chinês.
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“Temos uma estratégia de longo prazo para o país, sempre com produtos voltados aos consumidores locais”, afirmou Fernando Varela, vice-presidente da Leapmotor para a América do Sul.
O Brasil é o primeiro país fora da China para o qual a empresa vai comercializar oficialmente seus veículos. A operação inicia com 36 concessionárias do grupo Stellantis, distribuídas em 29 cidades.
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Leapmotor C10 tem apenas 215 cv de potência na versão REEV
Divulgação | Leapmotor
Modelos e preços
Os primeiros modelos da Leapmotor no Brasil serão:
C10 Elétrico: carro 100% elétrico da marca; e
C10 Híbrido: chamado de REEV (range-extended electric vehicle, ou “veículo elétrico com autonomia estendida”, em tradução livre), o carro conta tanto com um motor a combustão — que serve como gerador de energia para a bateria e o motor elétrico — quanto com um bocal que permite o carregamento da bateria com uma fonte externa.
O C10 é voltado ao segmento de SUVs grandes e oferece sete airbags, pacote de assistências semiautônomas e arquitetura eletrônica própria da marca. (Veja mais detalhes abaixo)
Para quem prefere os SUVs médios, a expectativa é que a marca lance o Leapmotor B10 em janeiro, para se enquadrar nessa categoria. O veículo, que deve ser 100% elétrico, terá o tamanho de um Jeep Compass e vem para brigar com modelos como o BYD Song Plus, o GWM Haval H6 e o Omoda 5.
A pré-venda do B10 também teve início nesta terça-feira (4), com entregas previstas para o início de 2026.
Leapmotor B10
Divulgação | Leapmotor
Veja os preços:
Leapmotor C10 elétrico: R$ 189.990;
Leapmotor C10 híbrido: R$ 199.990;
Leapmotor B10 elétrico: R$ 172.990.
Rede de concessionários e pós-venda
As vendas e manutenções serão realizadas em concessionárias que já fazem parte da rede da Stellantis — ou seja, os carros da Leapmotor devem dividir o espaço com veículos da Fiat, Jeep, Ram, Citröen e Peugeot, havendo apenas uma separação entre os showrooms das marcas.
Além disso, as lojas contarão com espaços dedicados para test-drives e atendimento ao cliente, além de oferecer revisões com preço fixo e possibilidade de compra antecipada dos pacotes de manutenção vinculados ao veículo.
Segundo a marca chinesa, todos os funcionários passaram por treinamento técnico voltado a veículos eletrificados e os serviços seguem as normas de segurança exigidas para esse tipo de tecnologia.
Parcerias e carregadores
A rede de recarga da marca, por sua vez, terá suporte de empresas parceiras — como WEG, GreenV, VoltBras e Zletric, responsáveis pela instalação e operação de carregadores homologados.
Como é praxe entre as marcas que ofertam veículos elétricos ou híbridos plug-in, a Leapmotor também vai oferecer a instalação residencial dos equipamentos de recarga por uma taxa extra.
Um carro grande, mas com pouco espaço para bagagem
Porta-malas do Leapmotor C10 tem apenas 383 litros
Divulgação | Leapmotor
Grande aposta da marca para o início das vendas, o C10 Híbrido já começou a ser comercializado no Brasil e vem para brigar com o BYD Song Plus (R$ 249.990), o GWM Haval H6 PHEV19 (R$ 245.000) e o Jaecoo J7 (R$ 229.990) — todos com mais potência e torque que o híbrido da Leapmotor.
Isso porque o motor abastecido com gasolina não possui nenhuma conexão com as rodas do carro, ou seja, não é responsável pela tração, mas apenas pelo carregamento da unidade de energia.
O motor elétrico, por sua vez, fica posicionado no eixo traseiro, o que garante uma performance melhor para o veículo.
Visualmente, as duas versões do C10 são bem parecidas — a única diferença é o bocal de combustível que também é presente no híbrido. O modelo tem:
4,74 metros de comprimento;
2,13 m de largura;
1,68 m de altura; e
2,82 m de distância entre-eixos.
Espaço sob o assoalho é de 17 litros, mas somente na versão elétrica
Divulgação | Leapmotor
O SUV traz faróis e lanternas de LED, grade com persianas móveis — que se abrem conforme a necessidade de refrigeração — e rodas de liga leve de 20 polegadas. As maçanetas embutidas e o design aerodinâmico ajudam na eficiência energética.
Por outro lado, o bagageiro do C10 híbrido, de 383 litros, deixa a desejar. Assim como no caso do Jaecoo J7, que tem um bagageiro de 340 litros, a percepção é que o SUV grande não privilegia o espaço para bagagem.
Parte da explicação está na área destinada à bateria, que fica no assoalho do veículo — o que faz com que a versão híbrida do C10 seja uma das que mais sofrem pela falta de espaço. O compartimento sob o assoalho — com capacidade extra de 17 litros — só está disponível na configuração 100% elétrica do SUV da Leapmotor.
Além disso, outra vantagem que a versão 100% elétrica ganha sob o híbrido é o Frunk — uma espécie de porta-malas dianteiro, que é comum em carros puramente elétricos.
➡️ No C10, esse compartimento adicional tem capacidade de 32 litros, o que garante um espaço total de 432 litros. Esse recurso não está presente na versão híbrida, devido à presença do motor a combustão na parte frontal.
Versão elétrica conta também com um pequeno bagageiro de 32 litros na parte da frente, onde estaria o motor a combustão em um carro tradicional
Divulgação | Leapmotor
Interior e tecnologia
Na parte interna, as versões do C10 têm um painel bem minimalista — o que limita a maior parte dos comandos para a central multimídia de 14,6 polegadas. Há, ainda, um carregador por indução, ar-condicionado de duas zonas e iluminação interna configurável.
Além disso, a central multimídia também deixa a desejar, uma vez que não vem equipada com Android Auto e Apple CarPlay — o que impossibilita conectar o celular e acessar aplicativos de navegação como Google Maps ou Waze. Assim, para acessar esses aplicativos, o usuário precisa instalá-los diretamente no sistema do carro.
O SUV da Leapmotor também tem alguns recursos semelhantes ao Tesla, como o acesso por cartão NFC e os poucos botões da cabine, que ficam no volante. Há também a possibilidade de instalar o aplicativo da marca e utilizar a chave digital integrada ao celular.
O C10 também tem algumas funções de automação que permitem configurar cenários — como ligar o ar-condicionado ou ajustar o banco de forma automática antes da partida.
Os bancos dianteiros têm ajuste elétrico, ventilação e aquecimento, e os traseiros contam com assoalho plano e saídas de ar exclusivas.
O sistema de som conta com 12 alto-falantes e subwoofer, com 840W de potência. O motorista também pode optar por sincronizar as luzes internas conforme o ritmo da música.
Banco traseiro tem apoio de braço, mas falta porta-objetos na peça
Divulgação | Leapmotor
Motorização e desempenho
Tanto o C10 elétrico quanto o híbrido têm tração traseira, mas com uma leve diferença na potência: enquanto o elétrico possui 218 cv, o híbrido tem 215 cv. Em ambas as versões, o torque é de 32,6 kgfm.
Em carregadores rápidos (com 65 kWh), a bateria pode ser abastecida de 30% a 80% em 18 minutos. A versão híbrida, testada pelo g1, conta com quatro modos de uso de energia:
EV+: prioriza o uso da bateria, ligando o motor a combustão apenas em níveis mínimos de carga;
EV: mais voltado para uso urbano;
Combustível: indicado para viagens, combina o gerador e o motor elétrico para maior alcance;
Power+: ativa o gerador para fornecer energia extra e um pouco mais de esportividade.
Cartão NFC destrava o carro, como nos veículos da Tesla
Divulgação | Leapmotor
Segurança e assistência
Todas as versões do C10 trazem o pacote ADAS (sistema de auxílio ao motorista) completo, com recursos como:
piloto automático adaptativo;
assistente de permanência em faixa;
frenagem autônoma de emergência;
alerta de ponto cego e tráfego cruzado;
faróis com acendimento automático;
sensores com frenagem durante manobras.
O SUV ainda tem sete airbags, incluindo um airbag central dianteiro entre os bancos, para evitar o contato entre os ocupantes em colisões.
Em um percurso de quase 100km, o carro acelerou com vigor e foi de 0 a 100km/h em 7,9 segundos — marca interessante para um SUV que tem quase duas toneladas.
A suspensão não deixa que o motorista sinta os solavancos do asfalto e é bastante voltada para o conforto, deixando a esportividade de lado. O carro também tem bastante estabilidade e não adorna nas curvas. Vale destacar, no entanto, que o g1 apenas testou o veículo nas rodovias e não é possível saber como o C10 pode se comportar em outras situações.
Confira a ficha técnica:

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