Líderes europeus demonstram apoio à Ucrânia
Duas pessoas morreram e outras 13 ficaram feridas em Kiev após mísseis e drones russos atingirem diversos alvos na Ucrânia durante a madrugada, incluindo instalações de infraestrutura e energia, informaram autoridades ucranianas neste sábado (25).
O ataque provocou vários incêndios e danificou estruturas residenciais em Kiev, incluindo uma creche, segundo autoridades locais.
“Esses bombardeios foram novamente direcionados contra nossa infraestrutura civil e energética”, afirmou a primeira-ministra Yulia Svyrydenko na rede X. “Agora, a Rússia tenta provocar uma catástrofe humanitária na Ucrânia às vésperas do inverno.”
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O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, disse que mísseis e drones russos também atingiram a rede elétrica, ferrovias e residências nas cidades de Dnipro, Kharkiv e Sumy.
O Ministério da Defesa da Rússia afirmou em comunicado no Telegram que os ataques noturnos tiveram como alvo empresas do complexo militar-industrial ucraniano e instalações de energia que sustentam suas operações.
O ministério também informou, em nota separada, que suas forças derrubaram 121 drones ucranianos durante a noite, incluindo sete que se dirigiam a Moscou.
Sistemas Patriot
Grandes nuvens de fumaça podiam ser vistas sobre Kyiv na manhã de sábado, enquanto bombeiros corriam para conter incêndios em vários pontos da cidade.
Até o meio-dia do horário local, as equipes haviam controlado um incêndio em um armazém de 13 mil metros quadrados com o apoio de dois helicópteros e conseguido apagar as chamas em outro edifício.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy afirmou que os ataques reforçam a importância dos sistemas de defesa aérea Patriot para proteger as cidades ucranianas das ofensivas constantes da Rússia.
“Somente desde o início deste ano, a Rússia lançou cerca de 770 mísseis balísticos e mais de 50 mísseis ‘Kinzhal’ contra a Ucrânia”, disse Zelenskiy no Telegram.
Os sistemas Patriot têm se mostrado eficazes na destruição de mísseis balísticos russos, e a Ucrânia busca atualmente firmar um contrato para comprar 25 unidades do sistema de defesa aérea dos Estados Unidos.
Segundo a Força Aérea da Ucrânia, foram abatidos quatro dos nove mísseis e 50 dos 62 drones lançados durante os ataques noturnos.
A Força Aérea relatou ainda cinco impactos diretos de mísseis e 12 de drones em 11 locais diferentes do país.
Reino Unido decide fornecer mísseis para a Ucrânia
Líderes europeus deram nesta sexta-feira (24) uma demonstração de apoio à Ucrânia.
O rei Charles III recebeu o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no Castelo de Windsor. Esse foi o terceiro encontro entre os dois só em 2025.
Zelensky foi recebido com um aperto de mão e ganhou abraço do primeiro-ministro em Londres Keir Starmer, com quem discutiu a guerra e a situação humanitária na Ucrânia.
Starmer liderou a reunião da “Coalizão dos Dispostos”, que debateu duas medidas principais: o confisco de 140 bilhões de euros de fundos russos congelados para indenizar a Ucrânia e formas de retirar o petróleo e o gás russos do mercado global.
O premiê afirmou que Putin faz exigências “absurdas” por território ucraniano, enquanto o presidente francês Emmanuel Macron considerou as novas sanções dos EUA um “ponto de virada” na pressão sobre Moscou.
Starmer prometeu acelerar o envio de mísseis antiaéreos, mas o pedido ucraniano por mísseis Tomahawk ainda aguarda decisão de Donald Trump.
Zelensky alertou que a Rússia tenta usar o inverno como arma, atacando a infraestrutura energética ucraniana, e defendeu que “a paz nasce da pressão sobre o agressor”.
Um homem caminha pelo local de um armazém de alimentos atingido por um ataque de mísseis russos em Kiev neste sábado (25)
Genya SAVILOV / AFP
