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Governo Trump envia grupo de ataque com porta-aviões e destróieres para aumentar pressão sobre Venezuela

EUA atacam 10ª embarcação na América Latina 
O secretário de Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, ordenou nesta sexta-feira (24) o envio de um grupo de ataque que inclui um porta-aviões, navios de guerra e aeronaves de combate para o mar do Caribe em meio à escalada de tensões com a Venezuela.
Segundo a agência de notícias Reuters, o envio configura um “drástico aumento” no número de tropas e aeronaves americanas na região da América Latina.
“A presença reforçada das forças dos EUA na área de responsabilidade do USSOUTHCOM aumentará a capacidade dos Estados Unidos de detectar, monitorar e interromper atores e atividades ilícitas que comprometem a segurança e a prosperidade do território norte-americano e nossa segurança no Hemisfério Ocidental”, disse o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, no X.
O governo de Donald Trump anunciou nesta sexta-feira (24) ter realizado outro ataque a uma embarcação na América Latina — o 10º desde que os Estados Unidos iniciaram operações na região que levantaram rumores de uma ofensiva contra o regime do venezuelano Nicolás Maduro.
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Desta vez, o ataque ocorreu na madrugada desta sexta no mar do Caribe, disse o secretário de Guerra dos EUA. A ofensiva, afirmou o secretário, ocorreu em águas internacionais, mas perto da costa da Venezuela, onde a escalada das tensões com os EUA levou Maduro a pedir a Trump na quinta-feira (23), em inglês, que não inicie uma guerra (leia mais abaixo).
O secretário de Guerra (novo nome dado à pasta que comanda o Pentágono), Pete Hegeseth, afirmou que os seis tripulantes da embarcação alvejada, que ele afirmou se tratar de traficantes de drogas, morreram no ataque.
“Se você é um ‘narcoterrorista’ traficando drogas em nosso hemisfério, nós o trataremos como tratamos a Al-Qaeda. Dia ou noite, mapearemos suas redes, rastrearemos seu pessoal, o caçaremos e o mataremos”, declarou Hegseth.
Momento em que embarcação no mar do Caribe é atingida por ataque dos Estados Unidos, em 24 de outubro de 2025.
Reprodução/ g1
Nesta semana, os EUA também ampliaram as operações para a região do Oceano Pacífico perto da costa norte da Colômbia (leia mais abaixo). Até agora, houve dois ataques no Pacífico, e outros oito ocorreram no mar do Caribe, caso da ofensiva anunciada nesta sexta.
Desde o início do mês, navios e caças das Forças Armadas dos EUA deslocados para o Caribe têm realizado ataques a embarcações latino-americanas. A operação foi ordenada pelo próprio Donald Trump ao Pentágono com a argumentação de impedir que barcos transportando drogas entrem nos Estados Unidos — embora a imprensa dos EUA tenha especulado que o real objetivo da ofensiva é derrubar o regime de Nicolás Maduro.
Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) também enfraquecem a versão oficial das operações: o Relatório Mundial sobre Drogas de 2025, da agência da ONU para drogas e crimes, aponta que a droga que mais causa overdoses nos EUA, o fentanil, vem do México, que fica perto da costa oeste dos Estados Unidos.
Já a frota militar norte-americana foi enviada para o mar do Caribe, na outra ponta do sul dos EUA e perto da Venezuela.
‘No crazy war, please’
Venezuela mobiliza militares contra possível invasão dos Estados Unidos
Na quinta-feira (23), o ministro da Defesa da Venezuela afirmou que agentes da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA, na sigla em inglês) já estão no país. A declaração foi dada após o presidente Donald Trump autorizar ações de Inteligência contra alvos ligados ao chavismo.
“Sabemos que a CIA está presente na Venezuela”, disse o ministro Vladimir Padrino. “Podem enviar quantas unidades quiserem em operações encobertas a partir de qualquer ponto do país. Qualquer tentativa vai fracassar.”
Diante da escalada, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que não quer guerra com os EUA e pediu, em inglês, que Trump também evite o conflito.
“No crazy war, please. Não à guerra louca. No crazy war. A Venezuela quer paz”, disse Maduro na quinta-feira.
Na semana passada, o jornal The New York Times afirmou que as ações autorizadas pela CIA por Trump podem incluir “operações letais” e outras iniciativas da inteligência americana no Caribe. Com isso, os alvos poderiam ser Maduro e integrantes do governo venezuelano.
Trump disse que autorizou operações secretas porque a Venezuela tem enviado drogas e criminosos para os Estados Unidos. No dia 15 de outubro, ao ser perguntado se agentes de inteligência teriam autoridade para eliminar o presidente venezuelano, ele preferiu não responder.
Desde o mês passado, segundo a imprensa americana, o governo Trump avalia uma operação militar que pode incluir ataques à Venezuela. Estruturas ligadas a cartéis de drogas estariam entre os possíveis alvos. Autoridades dizem que o objetivo final seria tirar Maduro do poder.
Depois de atacar barcos no Caribe e Pacífico, EUA anunciam ações terrestres
Os EUA acusam Maduro de liderar o Cartel de los Soles, grupo classificado recentemente pelo governo Trump como organização terrorista internacional.
Neste contexto, o governo americano pode considerar o presidente da Venezuela um alvo legítimo ao anunciar ataques contra cartéis.
Nesta quinta-feira (23), Trump afirmou que os Estados Unidos devem realizar ações militares em terra contra cartéis. Ele não citou diretamente a Venezuela. Ele disse ainda que não precisará pedir ao Congresso uma declaração de guerra.
“Acho que vamos apenas matar as pessoas que estão trazendo drogas para o nosso país. Certo? Vamos matá-las.”
Já o secretário de Guerra, Pete Hegseth, afirmou que os militares americanos irão caçar e matar todos os “terroristas” que traficam drogas para os Estados Unidos.
“Estas são organizações terroristas estrangeiras designadas. São o Estado Islâmico e a Al-Qaeda do Hemisfério Ocidental. Nossa mensagem para essas organizações terroristas estrangeiras é: trataremos vocês como tratamos a Al-Qaeda.”
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Imagem mostra o presidente dos EUA, Donald Trump (E), em Washington, DC, em 9 de julho de 2025, e o presidente venezuelano, Nicolás Maduro (D), em Caracas, em 31 de julho de 2024.
AFP/Jim Watson
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