O presidente da Argentina, Javier Milei, olha para o ministro das Relações Exteriores, Gerardo Werthein, durante almoço com o presidente dos EUA, Donald Trump
REUTERS/Jonathan Ernst/Foto de arquivo
O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou nesta quinta-feira (23) que escolheu seu secretário de Finanças, Pablo Quirno, para ser o novo ministro das Relações Exteriores do país — o terceiro chanceler do governo Milei.
✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp
Quirno, um dos nomes fortes do Ministério da Economia, substituirá o atual chanceler, Gerardo Werthein. Werthein entregou o cargo na quarta-feira (22) em meio a uma crise após ele não conseguir o apoio político que Milei esperava do presidente dos EUA, Donald Trump, durante encontro entre os dois (leia mais abaixo).
A escolha do secretário de Finanças para o cargo, anunciado pelo gabinete do presidente em um comunicado, reflete o plano do governo Milei de promover ao mundo sua “visão pró-mercado”, disse o gabinete.
Quirno também continuará a apoiar a “batalha cultural” de Milei na defesa dos valores ocidentais e na construção de alianças internacionais, afirma ainda o comunicado.
Argentina e EUA formalizam acordo que prevê envio de US$ 20 bilhões ao governo de Milei
O novo chanceler assumirá a pasta das Relações Exteriores na segunda-feira (27), um dia após as eleições legislativas da Argentina, que renovarão metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado do país sul-americano.
O pleito será um teste de fogo para Milei: seu partido está praticamente empatado com a frente peronista, principal grupo rival. Em meados de outubro, ao receber o presidente argentino na Casa Branca para discutir um socorro financeiro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, condicionou a ajuda a que a sigla de Milei vencesse no pleito, que ocorrerá neste domingo (26).
Este é inclusive um dos motivos que vêm sendo apontados na imprensa argentina para a renúncia de Gerardo Werthein. Nos últimos dias, Werthein virou alvo de críticas dos apoiadores de Milei, que avaliaram que o chanceler não conseguiu fazer com que o encontro com o Trump favorecesse o presidente argentino nas pesquisas de intenção de voto.
Veja os vídeos que estão em alta no g1