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Brasileiro é condenado a 10 anos de prisão por tentar atirar na cabeça de Cristina Kirchner

O ataque a Cristina Kirchner momento a momento
O brasileiro Fernando Sabag Montiel, 38, foi condenado nesta quarta-feira (8) a dez anos de prisão por tentar matar Cristina Kirchner em 2022 em Buenos Aires.
Na ocasião, Montiel atirou contra a cabeça de Cristina, então vice-presidente da Argentina, mas sua arma falhou (veja no vídeo acima).
O atentado aconteceu quando Cristina acenava para apoiadores na frente de sua casa.
Sua então namorada, Brenda Uliarte, de 26 anos, deve cumprir oito anos de prisão por ter sido “participante necessária”, disse a juíza. Um terceiro acusado, Nicolás Carrizo, foi absolvido.
Na sentença, o tribunal rechaçou o pedido da advogada de defesa para considerar Sabag Montiel inimputável.
O brasileiro Fernando Sabag Montiel comparece a tribunal em Buenos Aires, na Argentina, para ouvir sua sentença no julgamento pelo atentado contra Cristina Kirchner
Luis Robayo/AFP
A sentença de Sabag Montiel foi somada a uma pena de quatro anos e três meses de prisão que ele havia recebido anteriormente por posse e distribuição de material de abuso sexual infantil. No total, ele foi condenado a 14 anos de prisão.
Sabag Montiel nasceu no Brasil em 1987, filho de mãe argentina e pai chileno. O pai dele teria sido expulso do Brasil em 2021. Segundo a imprensa argentina, ele vive no país desde o início dos anos 1990.
De acordo com o jornal “La Nación”, Sabag Montiel falou ao tribunal durante a audiência, antes da leitura da sentença.
Seu discurso foi confuso: ele teria se comparado ao ex-procurador argentino Alberto Nisman, assassinado em 2015, dias após oferecer uma acusação contra Cristina.
“Basicamente, o que quero esclarecer é que todo esse caso foi fabricado. Que plantaram uma arma, e que Carrizo quer trocar de advogado de defesa quando foi [Gastón] Marano [seu advogado] quem plantou a arma. É basicamente uma estratégia. Cristina Kirchner vem usando isso, assim como fez com o promotor Alberto Nisman”, disse o brasileiro, segundo o relato do jornal.
Fernando Andrés Sabag Montiel, em imagem de antes do atentado
Reprodução/Redes Sociais
Tentativa de assassinato
O brasileiro foi detido logo após tentar assassinar Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina, em Buenos Aires.
A arma falhou e a vice-presidente não foi ferida. O atentado aconteceu quando Kirchner acenava para apoiadores na frente de sua casa, no bairro da Recoleta. A arma usada por ele foi uma Bersa .32 (7,65 mm).
No momento da tentativa de assassinato, Montiel levanta a mão esquerda, que está com a arma, e tenta atirar. No vídeo, é possível ver que ele chega a engatilhar a pistola, que falha. A Polícia Federal argentina, que estava cuidando da segurança de Cristina, o deteve rapidamente.
Após o atentado, Cristina continuou cumprimentando apoiadores e dando autógrafos. A então vice-presidente, hoje em pris o domiciliar, contava com uma equipe de segurança de 100 agentes.
Advertência anterior
Sabag Montiel recebeu uma advertência depois de ter sido detido em março de 2021 por porte ilegal de arma perto de onde mora, em Buenos Aires. Na ocasião, Montiel levava uma faca de 35 centímetros de comprimento. Segundo a imprensa argentina, ele disse aos policiais que a faca era para “defesa pessoal”.
Informações da polícia argentina, segundo a BBC e veículos de imprensa locais, apontam que Montiel possui tatuagens com símbolos nazistas.
A imprensa local também informou que ele se identificava em suas redes sociais como Fernando “Salim” Montiel e “era seguidor de grupos como ‘comunismo satânico’, entre outros ‘ligados ao radicalismo e ao ódio'”, como definiu o portal do jornal La Nación, de Buenos Aires.
O portal Infobae informou ter ouvido de vizinhos de Fernando Montiel que ele era “inconstante”, “propenso a dizer tolices” e alguém que tinha o hábito de esperar músicos famosos em hotéis.

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