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Shutdown nos EUA: paralisação no governo Trump entra no 7º com atrasos em voos

EUA entram em ‘shutdown’: entenda o que é a paralisação dos serviços públicos americanos
A paralisação do governo dos Estados Unidos chega ao sétimo dia nesta terça-feira (7) sem perspectiva de acordo. Com recursos congelados e servidores federais sem receber, diversos serviços públicos foram afetados, incluindo voos, que registram atrasos.
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A Administração Federal de Aviação (FAA) informou que a falta de pessoal causou atrasos em vários aeroportos dos Estados Unidos na segunda-feira (6), incluindo Las Vegas, Denver e Newark, que atende Nova York.
Cerca de 13 mil controladores e 50 mil agentes da Administração de Segurança no Transporte (TSA) continuam obrigados a trabalhar, mas sem receber salário. Os controladores devem perder o primeiro pagamento no dia 14 de outubro.
O secretário de Transportes, Sean Duffy, afirmou que o número de controladores de tráfego aéreo que faltaram ao trabalho desde o início da paralisação do governo cresceu. Ele disse ainda que, em algumas regiões, a equipe de controle de tráfego aéreo foi reduzida pela metade.
Dados do FlightAware mostram que mais de 4 mil voos nos EUA foram afetados na segunda. Em Denver, 29% dos pousos tiveram atraso; em Newark, 19%; e em Las Vegas, 15%. As condições meteorológicas também contribuíram para os atrasos.
O grupo Airlines for America, que representa companhias como United, Delta, American e Southwest, alertou que, durante a suspensão de repasses, o sistema “pode precisar desacelerar”, o que afeta a eficiência e o fluxo de passageiros.
A situação pode piorar ao longo da semana. Segundo a imprensa americana, um órgão responsável por subsidiar voos para pequenos aeroportos pode ficar sem dinheiro a partir de domingo (12). Com isso, várias cidades podem ficar sem transporte aéreo.
Ainda no contexto está a escassez estrutural de pessoal na FAA. O órgão tem 3,5 mil controladores a menos do que o necessário e muitos trabalham horas extras obrigatórias e jornadas de seis dias por semana.
O presidente Donald Trump tem usado o setor de transportes como um dos focos do embate com os democratas durante a paralisação. O governo suspendeu mais de US$ 28 bilhões em repasses para programas climáticos, metrôs, túneis e sistemas de transporte público em estados de tendência democrata, como Nova York e Illinois.
Durante o shutdown de 2019, o número de faltas entre controladores e agentes da TSA aumentou com o atraso no pagamento dos salários. A medida ampliou o tempo de espera em alguns aeroportos e forçou a redução de voos na área de Nova York, o que pressionou o Congresso a encerrar o impasse.
Na época, a então presidente da Câmara, Nancy Pelosi, afirmou que a paralisação estava “levando o espaço aéreo ao limite”.
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O shutdown
O Capitólio dos EUA, horas antes de uma paralisação parcial do governo entrar em vigor, em Washington
REUTERS/Elizabeth Frantz
A paralisação, também conhecida como shutdown, acontece quando o Congresso não aprova o orçamento federal necessário para financiar o governo.
Sem dinheiro, parte dos serviços públicos é suspensa, funcionários considerados não essenciais são colocados em licença e outros podem ter que trabalhar sem receber.
O Congresso tinha até as 23h59 de 30 de setembro para aprovar o orçamento e evitar o shutdown.
No Senado, são necessários 60 votos para aprovar o orçamento federal. Com 53 cadeiras, o partido do presidente Donald Trump não tem votos suficientes para aprovar sozinho a proposta.
Na segunda-feira, duas tentativas de votação fracassaram.
O motivo central da crise atual é a exigência dos democratas de manter recursos para a saúde previstos em um programa conhecido como Obamacare. O programa ajuda a reduzir os custos dos planos de saúde para milhões de americanos.
Esses subsídios estão prestes a chegar ao fim, e, se não forem renovados, milhões de pessoas poderão enfrentar planos mais caros. Isso prejudicaria principalmente famílias de baixa renda. Trump e aliados republicanos querem discutir o tema apenas mais adiante.
Com o governo impedido de gastar, milhares de servidores públicos são colocados em licença, enquanto outros, que trabalham em serviços essenciais, podem ter os salários suspensos. A remuneração será paga de forma retroativa quando o orçamento for normalizado.
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